Deitada no meu quarto de todos os dias tive saudade dos meus sonhos. Daqueles bem óbvios, dos possíveis.
Lembrei que já julguei ter laços resistentes ao vento, mas que se perderam com a primeira ventania que veio. E lembrei das vezes em que tive forçar pra mudar o mundo. E não mudei.
Lembrei que já julguei ter laços resistentes ao vento, mas que se perderam com a primeira ventania que veio. E lembrei das vezes em que tive forçar pra mudar o mundo. E não mudei.
Lembrei das inúmeras vezes que falei quando deveria ter me calado. E de outras em que fiquei calada quando o mais certo era ter "rasgado o verbo".
Lembrei de todas as desculpas que usei pra não ligar, pra não mandar o que tinha escrito. E de tantas outras que inventei pra não dizer que gostava, que gostei. E dos perdões que não dei. E dos que não pedi.
Lembrei das inúmeras razões que criei pra não ir embora e das outras que acreditei pra poder ficar.
Lembrei do tempo em que o tempo não passava. E que tudo parecia estar exatamente igual.
E foi lembrando que vi chegar ao fim mais um dia. Um dia normal. Um dia apenas com um bocado de sonhos adormecidos.
P.s.: João Paulo, um beijo!