segunda-feira, 10 de novembro de 2008
(des)programado!
Eu tenho um plano de fuga, envolve um balão e algumas boas lembranças. Tenho impulsos, vontades, fantasias e tenho cicatrizes de um passado conturbado. Eu tenho a mania de programar um futuro brilhante, de dar saltos sem me preocupar com a queda, de improvisar quando dá errado e eu vivo pra contar. Acredito que virá o que há de vir, então, não me preocupo muito com os meus erros. Eu não acredito em verdades absolutas e nem em paixões totalmente fiéis. Tenho dúvidas secretas, acordos ocultos e promessas impublicáveis. Busco caminhos sem regras e gosto de quem me surpreende. Vivo sem parar, meus dias deveriam ter vinte e cinco horas e os meus meses deveriam ter trinta e três dias. E nessa vida louca, eu brindo os meus quase dezoito anos e sigo atrás dos meus desejos. E não é por porra-louquice que eu me desespero, não, é por não entender mesmo. Não entender o que se passa aqui dentro, "coisas que só o coração pode entender", mas que o meu se recusa a me explicar. Sabe, eu só quero ser roteirista da minha história e ter um final sensacional. Eu quero ir além dos muros da minha casa, dos muros da minha imaginação. Paris, Havaí, Estambul e o escambau. Quero acreditar em astrologia, numerologia e conjuntura astral. Rir dos meus erros, fazer meu drama e etc e tal. Quero desencontros, encontros inesquecíveis e a família reunida no Natal. Olhar o pôr-do-sol pela janela, enxergar o mundo de outro jeito. Eu quero um jantar à luz de velas e quero também uma boa farra no carnaval. E eu quero aprender a ser feliz assim, porque é assim que tem que ser, afinal.