Sabe aquelas cenas que você imagina pra sua vida, mesmo sabendo que nunca vai acontecer? Aquelas dignas de filme que se eternizam. Um dia de sol, nos esbarraríamos, todos os meus livros de Filosofia e História Moderna cairíam no chão. E nós teríamos tanta, mas tanta coisa pra falar um pra o outro, que não falaríamos nada. Bastariam os olhares, o suspiro e o jeito que você me tomaria em seus braços e me daria um beijo, daqueles de cinema mesmo. E no som do corredor que estaríamos, começaria a tocar Bublé, claro. E nosso beijo marcaria o (re)começo de nossas vidas. Depois, sorrindo, um riso que estava preso a tanto tempo, você diria: "Vem ser feliz comigo?" E eu responderia: "Hoje e em todos os outros dias da minha vida". E nós dois casaríamos - na praia, como eu sempre quis -, teríamos uma filha linda, a Clara, e um filho lindo, o Téo, e viveríamos a vida toda juntos.
Ah, oi, vida real? Voltei.